Autopeças

Pare de deixar o seu carro descer na “banguela”!

Ação faz você gastar mais e já perdeu a utilidade há no mínimo duas décadas. Entenda

O encontro de uma pista em declive com um motorista econômico (ou pão duro) oferece o cenário perfeito para que muitos carros sejam colocados na chamada “banguela”, aquele ato de desengrenar o automóvel com a pretensão de fazê-lo consumir menos combustível, enquanto descidas são percorridas. Quem nunca? 

Mas, como o velho ditado diz, errar até é humano. A burrice mesmo é persistir no erro. Então, para que você vacile menos ao volante, precisamos te contar uma coisinha que, talvez, você sequer saiba: a “banguela” se tornou algo inútil no Brasil há aproximadamente 25 anos.

Nestas horas, o condutor que tem 20 e sempre joga o carango no ponto morto deve estar se perguntando: como assim ninguém me avisou antes? Tudo bem, amigão, relaxa! Seu Reparador S/A aqui te explica tudinho. Nunca é tarde para aprender. O primeiro passo é saber como funciona a embreagem. Bora lá!

Por que o termo “banguela”?

Vamos aos pouquinhos. “Banguela”, como já dissemos, é soltar o carro na descida em ponto morto ou neutro. Quando o automóvel está engatado, as engrenagens se mantêm ligadas umas às outras por meio dos dentes. Logo, quando não há engate, esses dentes não se comunicam entre si – daí o apelido “banguela”.

A grande questão é que, atualmente, tanto os veículos manuais quanto os automáticos possuem sistemas à injeção. Ou seja, para que seus motores não parem de funcionar e se desliguem no trânsito, o carro precisa bombear seguidamente o combustível, ainda que pouquinho.

E é justamente esse o motivo que torna completamente dispensável colocar o carro na “banguela”, porque já saiu de cena a peça-chave para isso, o carburador. E não saiu agora, viu?! Há tempo ele não é fabricado. Na época, a prática até fazia algum sentido. Porém, hoje, não.

De outro modo, o motorista que põe o seu automóvel no ponto morto em uma rua de declive em pleno 2023 nada mais está fazendo do que desperdiçar combustível, ainda que menos, pois, mesmo com os dentes da engrenagem desconectados, a injeção continua ativamente a cumprir o seu trabalho junto ao motor.

Siga engrenado!

Engatar a marcha no câmbio manual ou no automático, deixando no drive ou reduzindo, permite que as rodas girem diretamente conectadas ao motor, uma vez que a caixa está engrenada. Logo, a injeção não precisa enviar combustível, exatamente porque o giro das rodas desempenha esse papel de impulsionar o veículo. Entendeu?

Portanto, resumindo. Está descendo uma ladeira na banguela? A injeção vai jogar combustível para manter o veículo em movimento. Desperdício! Está engrenadinho? Vai poupar a injeção e, portanto, o consumo, pois o motor já está funcionando embalado pelas rodas. Simples assim.

Se você considera recomendável essa prática que acabou de aprender, aproveite para compartilhar o link desta matéria com aquele amigo que [alerta para piada de tiozão] não é protético, mas adora uma banguela.

Admin

Recent Posts

Participe do Dia do Balconista de Autopeças

O Novo Varejo quer a sua ajuda para preparar uma homenagem para os balconistas de…

16 anos ago

Um balconista na Guatemala

Entrevistamos um vendedor estrangeiro para saber como é sua rotina de trabalho

9 anos ago

A balconista do futuro

Saiba quais conselhos a Doroty tem para você

9 anos ago