Uma das inovações presentes em veículos modernos é o mecanismo de partida start-stop, onde as chaves enfim se aposentam e a partida do carro fica a cargo de um simples botão. Ainda que muitos desmereçam a evolução, ela diminui até 15% o consumo de combustível no trânsito urbano. Por outro lado, demanda mais energia. O que exige algumas adaptações, como uma bateria específica.
A necessidade do componente está na operação da partida. Nos modelos com start-stop, devido a sequência de acionamentos do motor de arranque e da partida no motor, pequenas descargas acontecem constantemente no ‘para e anda’ do complicado trânsito urbano. “A partida extrai cerca de 1% da energia do componente, mas se repete várias vezes durante o trajeto realizado por um carro com a tecnologia start-stop”, explica o engenheiro de aplicação da Heliar, Marcos Randazzo.
Para contornar a situação, dois tipos de bateria foram criadas para alimentar estes carros, as EFB (da sigla em inglês Enhanced Flooded Battery, e em português Baterias Convencionais Melhoradas) e as AGM (em inglês Absorbent Glass Mat, e em português Manta de Vidro Absorvido).
As EFB, normalmente, são instaladas em carros comuns com tecnologia start-stop, pois são capazes de sustentar toda a parte elétrica, mesmo com as constantes paradas no trânsito. Já as AGM são direcionadas aos sistemas mais complexos, como veículos com turbo eletrônico e freio regenerativo, que precisam de ciclos mais profundos de energia e que demandam uma alta e rápida absorção da energia recebida pelo sistema de frenagem.
As especificações de cada uma são simples. Como a própria sigla diz, as baterias EFB são uma evolução das SLI (convencionais). Por isso, são direcionadas aos automóveis que somente precisam de cargas rápidas para dar um considerável número de partidas ao longo do mesmo trajeto. As AGM só são diferentes por não terem as placas de chumbo mergulhadas numa solução ácida. Elas possuem um sistema de mantas de lã de vidro, que absorve essa substância aquosa para dar maior eficiência energética nos ciclos mais profundos de carga.
Apesar de, teoricamente, parecerem simples, o engenheiro Marcos Randazzo destaca que é preciso se atentar quanto a utilização do modelo correto em cada tipo de automóvel. “No caso de aplicar uma EFB num carro que necessita de uma AGM, ou vice-versa, é possível acarretar em perdas de eficiência energética e diminuir a vida útil da bateria. Além, ainda, de danificar os demais componentes do veículo”.
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