Conheça melhor a história do Romi-Isetta, primeiro veículo produzido em série no Brasil, e que recentemente inspirou o Microlino 2.0.
Em 5 de setembro de 1956, foi lançado o primeiro carro produzido em série no Brasil. Estamos falando do Romi-Isetta: pequenino no tamanho – 2,28 metros de comprimento por 1,38 m de largura – mas gigantesco na história automotiva do País, e que recentemente ganhou uma espécie de cópia elétrica apresentada no Salão do Automóvel de Munique.
Continue a leitura para saber mais como foi o desenvolvimento desse veículo no século passado e a novidade europeia.
Entre 1956 e 1961, as fábricas Romi – sediadas até hoje em Santa Bárbara D’Oeste (SP) -, confeccionaram cerca de 3000 unidades do modelo. Embora atualmente o veículo desperte reações apaixonadas e nostálgicas, naquela época não era bem assim. Sua aceitação pelo público era dividida.
Ao menos no ramo artístico, porém, haviam grandes entusiastas do Romi-Isetta, o que garantiu boa notoriedade ao compacto. As atrizes Eva Wilma e Dercy Gonçalves, bem como o ator John Herbert, participaram de algumas campanhas de divulgação.
O design deste pequeno carro urbano nasceu na Europa ao final da década de 1940. Em 1955, Chico Chiti e Américo Emílio Romi viajaram a Turim, na Itália, para negociar a fabricação do modelo nacional do Iso Isetta, assim chamado por lá. Conversa vai, conversa vem, negócio fechado e caminho aberto para o Romi-Isetta em terras brasileiras.
Após um ano de estruturação do projeto, foram definidos os fornecedores das carrocerias do veículo: a Tecnogeral, de São Paulo. Dessa forma, o índice de nacionalização do produto chegou a 72%. E, finalmente, em 5 de setembro, a novidade foi apresentada com direito a caravana e desfile até o Estádio do Pacaembu.
Por questões burocráticas, o “ carrinho” teve um fim precoce, deixando de ser produzido em 1961. Antes, a definição de automóvel não era mais genérica; mas, com a criação do Grupo Executivo da Indústria Automobilística (GEIA), algumas normas foram firmadas.
A partir das novas regras, para ser considerado um carro e receber incentivos do governo de Juscelino Kubitschek, era preciso ter duas portas e duas fileiras de assentos, características inexistentes no Romi-Isetta. Como consequência, o preço do compacto foi duplicado, colocando-o em situação desfavorável no mercado a ponto de forçar sua saída.
Também vale salientar que o veículo consumia pouco combustível e que houveram considerações para retomar o projeto nos anos 1990, mas a concorrência milionária pesou contra.
Apresentado entre os dias 7 e 12 de setembro no Motor Show de Munique, o Microlino 2.0 é um subcompacto elétrico, com visual inspirado no Romi-Isetta. Após cinco anos em desenvolvimento, a suíça Micro finalmente lançou a versão final ao mercado.
Entre as adaptações estão: um botão no lugar da maçaneta para abrir a porta dianteira, assentos ergonômicos e coluna de direção fixa. Outra diferença, típica do século XXI, é o painel com central multimídia.
O novo carrinho tem espaço para duas pessoas e 230 litros de carga. Já em relação à parte técnica, o motor elétrico gera 17 cv de potência – ou 25 cv quando em modo esportivo – e 11 kgfm de torque.
O Microlino possui três versões distintas: Urban, de entrada; Dolce, intermediária, e Competizione, a mais completa, cuja velocidade máxima é de 90 km/h. As distinções vão desde a cor da carroceria a detalhes de acabamento interno, além da bateria (esta pode ser de 6 kWh, 10,5 kWh ou 14 kWh). Com carga completa, a autonomia é de 95 km, 175 km e 230 km, respectivamente.
Por fim, o preço: 12,5 mil euros, o que equivale a R$ 73 mil em conversão direta.
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