Uma terra com memória: conheça a Armênia

O encontro entre dois continentes é o próximo destino do Balconista S/A. Na região onde o Leste Europeu e o Sudoeste Asiático se confundem está a Armênia, pequena nação de pouco mais de 3 milhões de habitantes. As guerras fizeram com que esse povo se espalhasse pelo mundo. Após os conflitos na região no começo do século XX, um êxodo massivo de sua população fez com que hoje existam mais armênios no exterior -estimados em 10 milhões, sendo 40 mil no Brasil – do que em seu próprio país.

Primeiro país a adotar o cristianismo como religião oficial, no fim do século III, a Armênia é lar de diversos monastérios e igrejas milenares, atraindo diversos turistas curiosos pela história e arquitetura dessas construções. A capital, Erevan, é o centro administrativo, cultural e industrial do país. Os destaques da cidade são o Tsitsernakaberd, o memorial construído em honra às vítimas do Genocídio Armênio, e a Catedral de São Gregório. Além disso, o lugar tem uma vista incrível do Monte Ararate, que fica na Turquia, mas é visto do território armênio e considerado símbolo nacional. 

Gutap Auto Parts

Também em Erevan, conhecemos a área de autopeças pela visão de David Chilingaryan, de 39 anos, co-fundador da Gutap Auto Parts. No setor desde 2010, ele explica como surgiu o estabelecimento. “Nossa empresa foi fundada há oito anos atrás, foi a primeira autopeça online do país˜, diz.

“Nós somos um dos maiores importadores de autopeças da Armênia. Contamos com um departamento de venda por atacado até. Os componentes vêm da Rússia, Europa e dos Emirados Árabes Unidos. Em geral, compramos diretamente dos fabricantes”, completa David Chilingaryan.

Atualmente, a Gutap Auto Parts tem seis lojas físicas, além do e-commerce. São por volta de 30 funcionários somando as unidades e cerca de 200 clientes por dia nos estabelecimentos. Chilingaryan resume as necessidades dos consumidores e algumas peculiaridades do setor em solo armênio: “Pastilhas de freio, filtros e óleo de motor são os produtos mais procurados para a manutenção. Além disso, vendemos muitas velas de ignição na Armênia, porque de 60 a 70% dos carros usam gás natural, algo que ocasiona a troca constante desse componente”.

Sobre o trabalho no balcão, Chilingaryan conta que a tecnologia já tomou conta da profissão, pelo menos na Armênia. “A época do papel já ficou para trás no mundo das autopeças. Todos utilizam os catálogos online. Nós até oferecemos eles para nossos clientes verem os componentes”, afirma.

Para finalizar, David explica como o armênio se relaciona com os automóveis. “As pessoas costumam trocar de carro a cada 5-7 anos. Ele é um elemento muito importante na nossa cultura. Tem que estar em bom estado, sem amassados. Muitas vezes, o pessoal compra modelos que valem mais do que elas podem se permitir economicamente”, explica.

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