Francisco Sacco Landi, popularmente conhecido como Chico Landi, nasceu em São Paulo no ano de 1907, filho de italianos, Landi herdou de seu pai a paixão por carros. Ainda criança, ele acompanhava as corridas noturnas que aconteciam em São Paulo, junto com seus irmãos.
Landi começou a trabalhar desde criança em oficinas mecânicas junto com seu irmão. Com 19 anos, em 1926, ele começou a trabalhar na Ford e posteriormente na General Motors, onde comprou seu primeiro carro, um Chevrolet 28, no qual aprendeu a dirigir e disputou alguns rachas em São Paulo.
Chico começou a correr em 1934 no famoso Circuito da Gávea, Rio de Janeiro, em uma Bugatti emprestada de outro corredor. Landi largou em segundo lugar, se manteve na posição por oito voltas. Mas por problemas mecânicos ele teve que abandonar a sua primeira corrida oficial.
Em junho 1935, Chico Landi disputou o primeiro Circuito do Chapadão, em Campinas. Abordo de um Fiat GP azul com um motor modificado de 1484cc, Landi venceu a corrida. Seu prêmio foi 10 conto de réis e um terreno do loteamento da região.
Após algumas corridas no exterior e nas principais capitais brasileiras, Chico Landi transferiu sua oficina para o Rio de Janeiro. Assim ele começou a disputar o Circuito da Gávea novamente e conseguiu melhores colocações, mas ainda sem uma vitória.
Após diversas provas, Chico Landi finalmente conseguiu sua primeira vitória no Circuito da Gávea em 1941. Abordo de um Alfa Romeo Tipo B, que possuía um motor de oito cilindros em linha e câmbio manual de 4 tempos, com isso ele atraiu atenção internacional e recebeu alguns convites para correr no exterior.
Após sua tão esperada vitória, Chico leva sua oficina de volta para São Paulo e participa de mais 4 corridas naquele ano, todas com bons resultados.
Em 1942, o Brasil começou a passar por racionamento de combustível, por conta da Segunda Guerra Mundial. As corridas foram suspensas e o petróleo brasileiro era exportado. Nessa época, o gasogênio foi adotado como combustível. Era utilizado carvão vegetal ou café queimado para alimentar os carros.
Chico começou a adaptar os carros para o novo combustível. De 1943 até 1945, o brasileiro disputou e venceu diversas provas dedicadas a veículos movidos à gasogênio. E por conta desses resultados ele ficou conhecido como “O Rei do Gasogênio”.
Com a volta das corridas tradicionais, em 1946, o brasileiro voltou a dirigir seu Alfa Romeo e disputou alguns circuitos naquele ano. Em 47 ele ganhou o Grande Prêmio de São Paulo e diversas outras na América do Sul, inclusive o Circuito da Gávea pela segunda vez.
Em sua primeira viagem a Europa, Landi disputou o famoso Grande Prêmio do Bari em uma Maserati modificada. Ele ficou em terceiro lugar, mas ganhou o coração do publico italiano e foi convidado para correr no ano seguinte.
1948 foi um dos melhores anos de Chico Landi. Ele disputou de novo o Grande Prêmio do Bari, com uma Ferrari 166, motor V12 de 1992cc e 140cv. Com esse carro ele conquistou a primeira vitória brasileira em um circuito internacional de expressão.
No mesmo ano Landi conseguiu a dobradinha no Circuito da Gávea e se tornou o maior campeão do circuito. Além disso, 1948 foi especial por que Chico participou de 14 competições e venceu 8 delas.
Em 1950 começou de maneira tímida, o que viria a ser o maior campeonato de automobilismo do mundo, a Formula 1. A estreia do Brasil no evento foi em 1951, com o grande Chico Landi, que vinha com um ótimo retrospecto.
Landi criou a Escuderia Bandeirantes, a primeira equipe brasileira da F1. Porém em seu primeiro ano ele correu não pela sua equipe, mas sim com uma Ferrari 375 alugada, o motor do carro era V12 com 374cv e poderia chegar até 320km/h. Apesar disso, Chico não conseguiu completar a prova, pois em sua primeira volta o carro quebrou e ele teve que abandonar a corrida.
O ano era 1952, após a estreia decepcionante no ano anterior, Chico Landi volta para F1. Dessa vez com a Escuderia Bandeirantes e nesse ano os resultados seriam mais animadores para o brasileiro.
A primeira corrida foi o GP da Itália, o carro era uma Maserati A6GCM, com um motor de seis cilindros em linha. Na estreia da equipe brasileira, Landi ficou em oitavo lugar. No segundo circuito, no GP da Holanda, Chico utilizou o mesmo carro e ficou em nona posição.
No ano seguinte, 1953, Landi participou de mais duas corridas na Fórmula 1, com o mesmo Maserati do ano anterior. Nos GPs que participou, da Itália e da Suíça, teve que abandonar as provas por problemas técnicos.
Após os 3 anos consecutivos participando de algumas corridas na F1, Chico Landi parou de correr no torneio e voltou a participar dos outros, que na época eram maiores. Ele participou de três circuitos no Brasil, com uma vitória, e mais uma na Itália.
Em 1956 ele voltou para Fórmula 1, em uma única corrida, e conseguiu o seu melhor resultado no campeonato. No GP da Argentina, Landi pilotou um Maserati 250, com um motor de seis cilindros em linha, e ficou na quarta posição. Ele dividiu os pontos que ganhou na corrida com o companheiro de equipe, o italiano Gerino Gerini.
Após sair da Fórmula 1 continuou correndo em diversos campeonatos. Ele disputou as Mil Milhas Brasileiras, em Interlagos, e ganhou em 1960, a bordo de um Alfa Romeo JK 2000, que tinha um motor 1975cc.
Chico Landi morreu de ataque cardíaco aos 81 anos de idade em 1989. Ele pode não ter conseguido resultados expressivos no maior campeonato automobilístico da história, mas é inegável que Chico abriu muitas portas para os corredores brasileiros.
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