A linha de raciocínio das montadoras para definir os significados dos nomes dos carros deriva a partir de várias naturezas.
Idiomas estrangeiros, nomes de animais e combinações de palavras são algumas das táticas adotadas pelas fabricantes na hora de definir os nomes dos carros. Com cada vez mais veículos no mercado, é preciso criatividade para o batismo dos novos produtos.
Confira como ocorreu esse processo para alguns modelos famosos, entre modelos atuais e antigos.
Começando por um das mais emblemáticas criações da marca, a famosa Kombi teve seu nome derivado de uma palavra alemã: Kombinationskarftwagen, que significa “veículo combinado para carga e passageiro”.
Devido ao seu tamanho e formato (incluindo os faróis arredondados) similares a um besouro, o Fusca ganhou, na maioria dos países, apelidos relacionados a esse animal. No Brasil, “Fusca” corresponde a uma derivação aportuguesada de volks, já que, no alemão, “v” tem som de “f”.
O nome dessa picape da VW se origina na língua dos inuítes – índios esquimós de regiões árticas. Para eles, “Amarok” era um enorme lobo que devorava caçadores. Além disso, o nome do carro pode ser associado à frase em inglês “I’m a rock”, que significa “eu sou uma rocha”.
Essa trinca tem como base diferentes nomes de ventos. Passat quer dizer “vento alísio”; Bora, por sua vez, é um vento que sopra no sul do Mar Adriático, enquanto Scirocco – esportivo derivado do Gol – significa “corrente de ar tempestuosa”.
Líder de vendas no Brasil nos últimos seis anos, seu nome não é nenhum mistério para quem é mais antenado ao mundo das pedras naturais. Onix é um cristal – variedade do quartzo – na maioria das vezes de cor preta.
Entre os nomes de carros, temos mais um que recorreu a uma pedra preciosa: o Opala, embora o título também representasse a fusão da carroceria do Opel ao motor de seis cilindros do Chevrolet Impala.
Pequeno no tamanho e no nome, “Ka” representa elementos que constituem o ser humano, de acordo com a antiga sociedade egípcia.
Chegou a hora dos cavalos! A história começou em 1964, quando a Ford batizou equinamente seu lançamento à época: Mustang, um cavalo selvagem norte-americano. Outros exemplos da montadora são os clássicos Corcel e Pinto.
Vale destacar que esse estilo está relacionado a outros modelos da marca, como o novo Ford Bronco e algumas variações de Mustang, todos retratados com um cavalo.
A palavra “Ranger”, em inglês, significa patrulheiro ou soldado, e dá nome à picape que se notabiliza pela força e robustez.
Nosso último exemplo da Ford carrega o termo “fusão” em inglês. Antes, o nome batizou um SUV europeu da mesma marca, veículo que deu origem ao atual EcoSport.
O clássico complemento usado pela Toyota desde 1966 remete à corola (pétalas de uma flor).
Por mais que o modelo tenha surgido na Índia, seu título vem de “ethos”, do grego, que significa “espírito” ou “essência”.
Em latim, “Prius” é “aquele que precede”, nome apropriado para esse pioneiro do mercado de carros híbridos.
Abrimos a seção da Renault com um SUV feito para quem quer levantar poeira (dust, em inglês). Seu nome, acrescido do sufixo “er”, quer dizer “aquele que gera poeira”.
Entre os significados dos nomes dos carros, este aqui contém uma pegadinha. Muitos podem pensar que Logan representa o nome norte-americano, mas, na verdade, trata-se de uma alusão à função “login”, de acesso virtual. A escolha se deu justamente pelo fato de ser um sedã acessível.
Veículo bastante conhecido desde seu primeiro lançamento nos anos 1990, seu batismo é uma homenagem à musa da história da criatividade, segundo a mitologia grega.
É uma contração de “boxer”, pelo motor com cilindros contrapostos, e “roadster” – conversível esportivo de dois lugares.
No idioma indonésio, Macan significa “tigre”. A Porsche assim batizou o SUV por considerá-lo ousado e ágil como o animal.
“Palio” era uma corrida de cavalos muito famosa na Idade Média, ocorrida na Itália. Uma das principais edições acontecia na cidade de Siena, cujo nome batizou um derivado desse modelo: o Fiat Siena.
Em inglês, “renegade” quer dizer renegado ou rejeitado, mas o termo também pode ser associado à rebeldia – interpretação adotada pela Jeep.
O carro que na Europa recebe o nome Jazz, no brasil é “Fit”. O termo em inglês significa “ter o tamanho ou forma ideal” – sentido apropriado para um veículo prático e compacto.
A montadora italiana possui a tradição de escolher nomes de touros para seus veículos, como Miura, Diablo e Aventureiro.
Tomando seu icônico esportivo como exemplo, o Huracán homenageia um touro que viveu no século XIX. Entretanto, o termo também corresponde ao deus maia associado ao vento, ao fogo e à tempestade. Em uma terceira esfera, por fim, Huracán é a tradução literal em espanhol de “furacão”.
Nossa seção final será dedicada às siglas, outro elemento bastante presente na escolha dos nomes dos carros. Você deve conhecer muitas delas, mas sabe dizer o real significado? Confira!
Talvez a sigla mais adotada em comum pelas montadoras, GT é a abreviação de “Gran Turismo” – aplicada a automóveis de luxo e alto desempenho, projetados para percorrer longas distâncias.
Junto a essas letras, podem aparecer “I”, “D” e “E”, que significam, respectivamente, “Injection”, “Diesel” e “Electric”. Em algumas marcas, GT também representa “Gran Touring”.
Na maioria dos casos, “S” vem para representar “Sport”, um modelo esportivo. Outras letras podem complementar a sigla, além do que, às vezes, o “S” significa “Super”.
Outra letra comum nos nomes de veículos é um “R”, normalmente com o sentido de “Racing” – relacionado também à esportividade.
Fechamos com a sigla que representa um carro 4×4.
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